quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Aerides houlletiana x (Korat Koki x houlletiana)


Aerides houlletiana

Aerides houlletiana Rchb.f., (1872).

Conhecida também como:
Aerides falcata var. houlletiana (Rchb.f.) H.J.Veitch, (1887).

Sinônimos:
Aerides picotiana Rchb.f., Gard. (1888),
Aerides platychila Rolfe, (1893).

Tamanho das flores: 2.7 cm; 18 flores em cada inflorescência.

Floração: Fim da primavera/Ínicio do verão





Outras nuances da Houlletiana





Aerides Rita Beltrame x Aerides multiflora

Aerides Rita Beltrame x Aerides multiflora




Aerides Rita Beltrame

Aerides Pramote

Híbrido de Aerides houlletiana X Aerides flabellata



Aerides Mirabeau

Cruzamento entre Aerides flabellata and Aerides quinquevulnerum







Aerides Max Lewis

Cruzamento entre  Aerides odorata X Aerides jarckiana









Aerides Korat Koki x Aerides odorata

Aerides Korat Koki x Aerides odorata




Aerides Korat Koki

Aerides Korat Koki

Híbrido de  Aerides houlletiana X Aerides lawrenciae criado em 1991




Aerides Korat Koki (Dark Color)





Aerides Hermon Slade

Aerides Hermon Slade

Aerides Hermon Slade é o resultado do cruzamento entre  Aerides lawrenceae X Aerides fieldingii (  rosea ) em 1954.



Aerides Bangkok

Aerides Bangkok

Aerides Amy Ede


Aerides Amy Ede

Aerides Chiara Maree

Aerides Chiara Maree
Aerides multiflora x Aerides flabellata






 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CURIOSIDADES - MEDNILLA MAGNIFICA

                                                           CURIOSIDADE                              MEDNILLA MAGNIFICA






Nome Científico: Medinilla magnifica
Nome Popular: Medinila, Uva-rosa

Família: Melastomataceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Filipinas

Ciclo de Vida: Perene

A medinila é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e florescimento ornamental. Seus ramos são quadrangulares, alados, frágeis, pouco ramificados e eretos. Eles crescem lentamente e podem atingir até 2 metros de altura. As folhas são sésseis, opostas, grandes, verde-escuras, cerosas, brilhantes e com nervuras claras e bem marcadas. As inflorescências pendentes, surgem na primavera e verão e são muito duráveis. Longas, elas chegam a 30 cm de comprimento, e apresentam brácteas e flores róseas dispostas em cachos, como se fossem uvas, o que lhe rendeu o nome popular "uva-rosa".

A medinila pode ser utilizada isolada ou em grupos. Ela é perfeita para compor conjuntos com outras plantas tropicais, como alpínias, helicônias, gengibres, formando suaves contrastes de texturas e cores. Por ser uma planta vistosa, mas ainda rara e exótica, causa impacto aos espectadores de sua beleza e tem sido utilizada em jardins contemporâneos e tropicais. Como seu crescimento é demasiado lento, ela necessita pouca manutenção e podas. Curiosamente, as medinilas são muitas vezes encontradas epífitas (sobre as árvores) nas Filipinas, seu local de origem.

Devem ser cultivadas sob meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e mantido úmido. Não tolera o frio intenso ou encharcamentos. Necessita ao menos 4 horas diárias de luminosidade indireta pela manhã ou pela tarde para que floresça satisfatoriamente. Planta tipicamente tropical, a medinila aprecia a umidade ambiental e pode ser plantada no litoral, em estufas úmidas ou em ambientes internos. Adubações orgânicas mensais na primavera e verão estimulam uma folhagem vigorosa e florações intensas. Multiplica-se por sementes ou estacas.

Autor: Raquel Patro
SITE:www.jardineiro.net
AERIDES ODORATUM







Descrição
Aerides odorata Lour., Fl. Cochinch.: 525 (1790).
Sinônimos
Aeeridium odorum Salisb., Trans. Hort. Soc. London 1: 295 (1812).
Aerides ballantiniana Rchb.f., Gard. Chron., n.s., 24: 198 (1885).
Aerides cornuta Roxb., Fl. Ind. ed. 1832, 3: 472 (1832).
Aerides dayana Guillaumin in H.Lecomte, Fl. Indo-Chine 6: 466 (1933).
Aerides flavida Lindl., Paxton's Fl. Gard. 2: 101 (1851).
Aerides jucunda Rchb.f., Hamburger Garten- Blumenzeitung 16: 281 (1860).
Aerides latifolia (Thunb. ex Sw.) Sw., Neues J. Bot. 1: 89 (1806).
Aerides micholitzii Rolfe, Orchid Rev. 12: 181 (1904), nom. nud.
Aerides nobilis R.Warner, Select Orchid. Pl. 1: t. 11 (1865).
Aerides odorata f. immaculata (Guillaumin) M.Wolff & O.Gruss, Orchid. Atlas: 32 (2007).
Aerides odorata subvar. immaculata Guillaumin in H.Lecomte, Fl. Indo-Chine 6: 466 (1934).
Aerides odorata var. annamensis Costantin, Bull. Mus. Natl. Hist. Nat. 23: 55 (1917).
Aerides odorata var. ballantiniana (Rchb.f.) A.H.Kent in H.J.Veitch, Man. Orchid. Pl. 7: 78 (1891).
Aerides odorata var. birmanica Rchb.f., Gard. Chron., III, 3: 272 (1887).
Aerides odorata var. demidovii Linden, Lindenia 1: t. 14 (1885).
Aerides odorata var. micholitzii (Rolfe) Guillaumin, Bull. Mus. Natl. Hist. Nat., II, 34: 411 (1963).
Aerides odorata var. pallida Guillaumin, Bull. Mus. Natl. Hist. Nat., II, 34: 411 (1962).
Aerides reichenbachii Linden, Wochenschr. Gärtnerei Pflanzenk. 1: 61 (1858).
Aerides reichenbachii var. cochinchinensis Rchb.f., Gard. Chron. 1880(2): 620 (1880).
Aerides rohaniana Rchb.f., Gard. Chron. 21: 206 (1884).
Aerides suaveolens Blume, Rumphia 4: 53 (1849), nom. superfl.
Aerides suaveolens var. virens (Lindl.) Blume, Rumphia 4: 53 (1849).
Aerides suavissima Lindl., J. Hort. Soc. London 4: 264 (1849).
Aerides virens Lindl., Edwards's Bot. Reg. 29(Misc.): 41 (1843).
Aerides wilsoniana auct., Gard. Chron. 23: 705 (1885).
Epidendrum aerides Raeusch., Nomencl. Bot., ed. 3: 265 (1797).
Epidendrum odoratum (Lour.) Poir. in J.B.A.M.de Lamarck, Encycl., Suppl. 1: 385 (1810).
Limodorum latifolium Thunb. ex Sw., J. Bot. (Schrader) 2: 234 (1799).
Orxera cornuta (Roxb.) Raf., Fl. Tellur. 4: 37 (1838).
Polytoma odorifera Lour. ex B.A.Gomes, Mem. Acad. Real Sci. Lisboa, 2 Cl. Sci. Moraes, n.s., 4(1): 30 (1868).
Natural/País
China à Asía Tropical
Etimologia
O nome do gênero Aerides (Aer.) da latinização das palavras gregas: αÞρ, αÝρος (aér, aéros), que significa "ar", e ειδος que significa "aspecto exterior", "semelhança", ou "modo de ser", aludindo ao modo de vida epífita destas plantas, que , aparentemente, se alimentam de nada, mas somente do que a atmosfera lhes oferece.
Características
Planta segue no cachepot conforme a foto. Esse lote está muito bonito com planta grandes e muito saudáveis. Grande oportunidade!!!
Curiosidades
Planta que bifurcam com facilidade formando lindas touceiras, além do agradável perfume.

Clima


Subtropical - Com um mês no mínimo e no máximo oito em que a média térmica é inferior a 20°C.

Habitat


Epífita – Vive sobre árvores, se cultivam muito bem em vasos.

Luminosidade


50% sombreamento

Planta/Tamanho


acima de 50 cm.

Flor/Tamanho


até 5 cm. diâmetro.

Floração


Primavera

Cor


Branca ( Alba )
Lilás

Haste Floral


Cacho Pendente
Multifloral

Perfume


Sim
Forte

Duração floração


Até 45 dias.

Vaso


Barro
Caixeta
Pote Plástico

Substrato


Chips de Coco
Sphagnum
Substrato Misto (Fibra de coco, pínus e carvão)

Umidade/Regas


Constantes - Plantas com necessidades de umidade constante.

Cultivo


Média experiência

domingo, 16 de janeiro de 2011

ERIA HIACINTHOIDES

Eria hyacinthoides (Blume) Lindl.



22 junho 2008 Um comentário

O gênero Eria Lindley das orquidáceas é bastante amplo, estimando-se existirem cerca de 500 espécies, distribuídas pela Índia, China, sudeste da Ásia, até ilhas do Pacífico, e são distinguidas pela existência de 8 políneas em sua parte reprodutiva.

A Eria hyacinthoides (Blume) Lindley é uma dessas tantas espécies, de fácil cultivo, pode ser plantada em vasos de xaxim ou fibra de côco, misturando-se esfagno com pedaços de desses substratos, evitando colocar prato plástico de apoio. Aprecia plantio na posição vertical, facilitando que solte muitos pseudobulbos, devendo-se evitar cortes contínuos para novas mudas. Tanto mais bonita será sua touceira viçosa fechando o vaso, assim como sua floração de muitos cachos com dezenas de flores brancas e pequenas, quase translúcidas medindo em torno de 1 a 1,5cm de diâmetro cada uma, de fragrância exótica e acentuada. Bem cuidada floresce várias vezes durante o ano. Aceita regas quase diárias no período de crescimento, e boa umidade ambiente. Luminosidade de 50%.

Classificação: Gênero: Eria Lindley. Espécie: Eria hyacinthoides (Blume) Lindl.; Tribo: Epidendreae; Subtribo: Eriinae; Etimologia: do grego “erion”, lã, em referência a aparência lanosa da haste floral e inflorescência, bastante parecido nesta espécie. Epíteto: hyacinthoides, do latim “hyacinthus”, em referência a planta jacinto, universalmente afamada pela beleza das flores, dispostas em inflorescências maciças e muito perfumada. Foto: planta do cultivo de J.L.Vieira.
DIREITOS RESERVADOS:ORQUIDÁRIO CUIÁBA

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CULTIVO DE VANDAS E ASCOCENDAS

Introdução




Iniciei o cultivo de Vandas em casa e, como qualquer iniciante, precisava de informações básicas e técnicas sobre o assunto, visto que são orquídeas bem diferenciadas da maioria, principalmente pelo fato de não precisarem de substrato para sobreviver.



Iniciei uma busca pela internet sobre o tema e para minha surpresa, quase não encontrei material em Língua Portuguesa sobre o assunto! Inicialmente tive a impressão de que brasileiros não gostam muito de Vandas ou simplesmente, não se interessaram em publicar nada a respeito, existindo apenas artigos em português sobre as orquídeas mais comuns, como Phalaenopsis, Dendrobium, Cattleya, etc.



Diante da necessidade de informações, passei a fazer contato pessoal com produtores de Vandas e principalmente, pesquisar em outros idiomas, como inglês, italiano, holandês e alemão, oportunidade em que consegui encontrar algum material e aqui neste texto farei um arrazoado de tudo que encontrei, conversei, estudei e entendi ser a forma mais adequada para o cultivo dessa exuberante orquídea.



Deixo claro aqui que NÃO sou engenheiro agrônomo, biólogo, botânico ou qualquer outro profissional da área, simplesmente sou um hobbista que procurou informações e compilou aqui neste texto para facilitar aos demais brasileiros que têm interesse no cultivo de Vandaceas.



Este texto não esgota o assunto e serve apenas como uma referência e base para aqueles que desejam cultivar a “raínha das orquídeas”, conforme é carinhosamente conhecida.



Definição:

A Vanda pertence à família das VANDACEAS as quais fazem parte, juntamente a Ascocentrum e Ascocenda (que é um híbrido de Vanda X Ascocentrum), são originárias da Ásia, encontradas desde o leste indiano até a Austrália, de norte a sul da China, Tailândia, Coréia e demais países asiáticos.

São plantas de crescimento monopodial, e em sua maioria, epífitas, sendo encontradas na natureza em troncos de árvores ou galhos. Suas inflorescências saem das axilas das folhas, através das hastes florais. Em condições favoráveis, as Vandaceas podem apresentar múltiplas hastes florais ao mesmo tempo, saindo cada uma de uma folha diferente, porém, o mais comum, é ver apenas uma haste floral, contendo aproximadamente oito flores por haste.

As Vandaceas são subdivididas em três grupos basicamente, de acordo com sua forma:

1 – Strap-leaf: Suas folhas são largas, extensas, achatadas e com textura parecida com couro. Devido a superfície da folha ser grande, são orquídeas que não suportam a exposição direta a sol pleno, podemos citar como exemplo desse grupo, a Sanderiana, Merrillii, Coerulea, Ascocentrum, Dearei, Tricolor, etc. Caso esta orquídea esteja pendurada em uma árvore poderá ficar exposta ao sol direto até às 10h00 e após às 15h00. Em orquidários, ou Vandários, recomenda-se a incidência solar de 65% a 75%.

2 – Terete ou Cilíndrica: Apresentam folhas cilíndricas, como exemplo, Vanda Teres e Vanda Hookeriana. São orquídeas adaptadas a sol pleno o ano todo.



3 – Semi-Terete: São os híbridos resultantes do cruzamento das duas anteriores, suas folhas são parcialmente cilíndricas e largas, também são adaptadas ao sol pleno.



Sobre o Cultivo:



                                      Temperatura

Para um cultivo eficiente e eficaz na produção de inflorescências, devemos inicialmente relembrar que as Vandaceas são provenientes de um clima semelhante ao amazônico: extremamente quente e úmido.

O ideal de cultivo seria em ambiente com temperatura próxima dos 30ºC, e com umidade em torno de 80% durante todo o tempo, e ainda, respeitando a quantidade luminosa descrita anteriormente de acordo com cada espécie. Existem algumas espécies que suportam até 4ºC por cerca de 2 a 3 horas, porém, esse curto espaço de tempo já é suficiente para ocorrerem danos nas raízes e nos botões florais, caso existam. Exposições por tempo superior a este a baixas temperaturas já passam a causar danos à estrutura da planta em si.

Para locais que não dispõe de temperatura alta todos os dias, o dia todo, recomenda-se que caso a temperatura caia para menos 15ºC, guardar a Vandaceas dentro de casa, para que as mesmas fiquem protegidas, bem como, é importante agir proativamente e não esperar chegar nos 15ºC para removê-las do ambiente (evitando assim, choques térmicos), antes deste índice, coloque-as dentro de casa. Uma dica aqui é guardá-las no banheiro após o banho, a temperatura costuma ficar perto dos 22ºC e com umidade do ar mínima de 80%, assim, conseguimos unir dois importantes fatores em um ambiente só.

Por outro lado, em regiões que fazem calor excessivo (acima dos 35ºC) por longos períodos, e as Vandaceas estão em ambiente fechado, como orquidário ou vandário por exemplo, recomenda-se que tenha corrente de ar, mesmo que seja através de um ventilador, para que as folhas não sofram danos em função do calor elevado e a ventilação faça o resfriamento da superfície das folhas. O contrário também é verdadeiro, em locais frios, é importante preservar a orquídea dos ventos para que não tenham sua temperatura ainda mais diminuída.



                                          Umidade

O ambiente ideal para Vandaceas seria próximo aos 80% de umidade relativa do ar, porém, até 50% ainda é uma situação favorável. Níveis inferiores a 50% já se tornam insalubres às Vandaceas. Vandários mais modernos são construídos sobre rios, ou ainda, possuem algum tipo de reservatório de água interno, exatamente para garantir e manter o nível de umidade ideal para as Vandas. Uma dica interessante para o aumento e manutenção da umidade é manter outras espécies de plantas que retém água no mesmo ambiente das Vandaceas, porém, sem que fiquem fisicamente misturas ou muito próximas, visto que esses tipos de planta freqüentemente atraem pragas naturais, sendo necessário seu acompanhamento e controle para evitar que as pragas cheguem até as Vandaceas.

Meu vandário é constituído de grama em toda sua extensão, bem como, existem plantas da espécie IMPATIENS, que retém e precisam de muita água, dessa forma, além de decorativas em complemento às Vandas, elas ajudam na preservação dos níveis aceitáveis de umidade no ambiente dedicado às Vandas. Muitas pessoas usam Bromélias para retenção de água, particularmente não as utilizo pelo fato da água ficar empossada, criando um ambiente favorável à proliferação de mosquitos, inclusive da Dengue.

Observe até este ponto que as Vandas têm todo um ambiente bastante próprio e específico. Misturar Vandaceas com outros tipos de orquídeas certamente prejudicará uma espécie ou ambas, pelo simples motivo de uma orquídea precisar muito calor e a outra de pouco, uma precisar de muita umidade e outra pode apodrecer devido aos elevados índices de umidade que as Vandas necessitam. Este é o motivo de ser construído um Vandário independente do orquidário. Outro exemplo bastante claro e ilustrativo de diferenças de ambiente, é o caso da Cymbidium, a qual preferencialmente precisa de climas frios para floração, exatamente o oposto da Vanda e algo totalmente incompatível em termos de ambiente. Caso as duas coabitem o mesmo ambiente, certamente uma, ou mesmo as duas, serão prejudicadas.

Um detalhe importante a ser observado a respeito da hidratação das Vandaceas, é o aspecto e a coloração das RAÍZES, quanto mais esbranquiçadas, maior a desidratação, sendo necessária sua rega o mais rápido possível, especialmente se a planta passou por longo período sem regas. Basicamente, raízes bem hidratadas apresentam uma coloração próxima das folhas, e em muitos casos, a mesma coloração, sendo este aspecto visual o principal e mais fácil “termômetro” para saber se é ou não o momento de regá-las.

Caso as Vandaceas estejam junto com outras orquídeas em um mesmo ambiente, é interessante começar a rega pelas Vandaceas, depois as demais orquídeas e por fim, novamente as Vandaceas, para garantir seu alto índice de umidade.

Falando ainda de raízes, observo e saliento aqui que as raízes das Vandaceas têm características um pouco diferenciadas das demais orquídeas. Pelo fato de serem monopodiais, não possuem a mesma estrutura orgânica de boa parte das orquídeas (como pseudobulbos, por exemplo) para armazenar alimento e energia, sendo que as raízes constituem parte essencial e até mesmo vital das Vandaceas, a poda de raízes deve ser feita de forma extremamente criteriosa para que a planta não morra e também não leve tempo excessivo para reconstituir partes básicas e elementares para seu desenvolvimento e sobrevivência e até mesmo floração.

Uma forma de saber se a raiz está viva e ainda ativa, é pressionando levemente com a ponta dos dedos, como um fumante que aperta o filtro do cigarro entre os dedos. Raízes ativas apresentam um aspecto de maciez quando pressionadas, isso se deve ao tecido esponjoso, chamado de VELAME, responsável pela absorção de água e dos sais minerais.

Uma raiz já sem vida, além de ter o aspecto escuro, fica totalmente rígida, não tendo mais utilidade em um primeiro momento. Alguns produtores orientam a fazer a poda dessas raízes para que a planta tenha mais espaço para crescimento e para nascimento de novas raízes, úteis à planta. Particularmente penso que as raízes mortas devem ser removidas sim, porém, não na sua totalidade, uma vez que se parte delas for preservada, servirão para reter água, ajudando a manter a base da planta úmida por mais tempo. Claro, cabe aqui o bom senso e não o radicalismo no sentido de se deixarem todas as raízes mortas e/ou no sentido de remover todas.



                                            Plantio

=Não é recomendado em hipótese alguma o plantio das Vandaceas em fibra de côco, xaxim (para aqueles que ainda tem xaxim em estoque, uma vez que sua venda foi proibida no Brasil), ou qualquer outro substrato que retenha água, podendo ser utilizado argila expandida em vaso com muitos orifícios laterais e no fundo para que ocorra a drenagem total da água, sem que fique resquício de água no fundo do vaso ou em seu substrato. O ideal de plantio é em cachepot de plástico (os de madeira podem desenvolver fungos devido à alta umidade e alta temperatura, sendo que esses fungos podem passar para a planta devido à similaridade de tecidos).



Não é necessário fazer o replantio periódico (leia-se aqui “troca de cachepot”) de plantas adultas, a não ser que cachepot tenha se quebrado por algum motivo, ou se o cachepot de madeira tenha apodrecido devido à umidade. Caso seja necessário o replantio, recomenda-se mergulhar a planta em um balde com água limpa e deixar por alguns minutos para que as raízes amoleçam um pouco e facilite a sua troca sem que haja maiores danos às raízes. Não é aconselhável colocar um cachepot dentro de outro maior pelo motivo de prejudicar a ventilação adequada à planta. Caso seja necessário colocar em um cachepot maior, ou mesmo fazer a troca, retire o primeiro e recoloque a planta no novo, sem interferência do anterior.

                                    Fertilizantes
Aqui está uma das partes mais importantes do texto, e para alguns, o grande segredo das Vandas. Não serei taxativo no sentido de prescrever a quantidade certa de fertilizante a ser ministrada a cada aplicação, isso vai depender de cada um de acordo com o número e a freqüência de aplicações que se deseja fazer. Um fator muito importante é que fertilizantes com altos índices de NITROGÊNIO funcionam como inibidor de inflorescências nas Vandaceas! Isso mesmo, evite o uso de fertilizantes com alto percentual de Nitrogênio em Vandaceas adultas se deseja floração. Uma recomendação nesse sentido é o uso de NPK 20-20-20 com maior freqüência até o início da fase adulta, visto que plantas jovens não florescem e não há motivo para se preocupar.

Depois de adultas, recomenda-se continuar com NPK 20-20-20, porém, com dosagem menor e menor freqüência, iniciando o uso de NPK 10-30-20 para floração e de Vitamina B para estimular o enraizamento. Em Vandaceas adultas, com aspecto forte, saudável, porém, sem floração, é indicado suspender provisoriamente o NPK 20-20-20 para redução da carga de Nitrogênio e substituí-lo pelo NPK 10-30-20, uma vez que se a planta está vigorosa, não há grandes necessidades em fazer a “manutenção geral” e sim, direcioná-la quimicamente para floração.

Particularmente, não costumo ministrar adubos naturais, principalmente nas Vandaceas, pelo simples motivo de não saber e de não ter o controle preciso dos componentes químicos que a planta irá receber. Por mais natural e saudável que possam ser, fica muito difícil saber se a dosagem de Nitrogênio está alta e por esse motivo pode ocorrer de se passar anos e anos ministrando esse tipo de adubo sem que se tenha uma única florada sequer. Por esse motivo, não utilizo essa adubagem, porém, deixo claro aqui que não sou contra adubos naturais e aqueles que se sentirem seguros para ministrar esse tipo de adubo, que assim o façam.

Uma dica importante para saber se a orquídea está com potencial para florir, é observar sua coloração, sendo que a cor ideal das folhas é um verde claro, na tonalidade aproximada de uma maçã verde, verde muito escuro, ou folhas amareladas, significa que algo está errado, principalmente com a incidência luminosa, portanto, procure saber se sua Vandacea é de sol pleno ou parcial. Se bem cuidadas e observado esse detalhe, a maioria das Vandas podem florir até duas vezes ao ano e as Ascocendas até SEIS vezes ao ano!